Pela primeira vez, cientistas conseguiram armazenar informações em neurônios vivos, tornando mais próxima a criação de chips de computadores “ciborgues”, capazes de combinar circuitos eletrônicos com células humanas.
Segundo o site da publicação “New Scientist”, redes de neurônios cultivados são conhecidas por ter descargas espontâneas em padrões específicos. Pesquisadores tentaram anteriormente programar essas redes neurais com novos padrões, representando pedaços de informações, ao estimular eletricamente células individuais.
Entretanto, esses ataques atrapalham seus padrões originais e, para que uma rede possa guardar informação com sucesso, é preciso que novos padrões sejam reimpressos sem apagar os antigos.
Agora, Itay Baruchi e Eshel Ben-Jacob, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, conseguiram colocar novos padrões de descargas em uma rede de neurônios ao selecionar pontos específicos da rede com um produto químico chamado picrotoxin. Esses padrões tiveram duração de dois dias, sem prejudicar os existentes anteriormente. “Você pode pensar nisso como uma árvore de Natal com luzes que piscam”, diz Ben-Jacob. “Nós reimprimimos outros padrões de luz em cima dos originais”.
Essas operações naturais realizadas pelos neurônios para alguns são parte da memória, que o cérebro usa quando guarda informação. Colocar essas memórias em redes de neurônios artificiais promove uma potencial forma para desenvolver chips ciborgues, afirma Ben-Jacob. Eles poderiam ser úteis para monitorar sistemas biológicos, como o cérebro e o sangue, porque, sendo humanas, eles responderiam aos mesmos materiais químicos que o corpo.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL52492-6174,00.html
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