A maior produtora mundial de filme fotográfico diz que sua tecnologia exclusiva de sensores eleva significativamente a sensibilidade à luz. Os sensores de imagem agem como os olhos de uma câmera, ao converter luz em uma carga elétrica que dá início ao processo de registro da imagem.
A Kodak, que está no último ano de uma prolongada e dispendiosa campanha de transformação que fará dela uma empresa de fotografia digital, devido à queda do mercado de filmes, pretende aproveitar seu grande acervo de propriedade intelectual a fim de reforçar os lucros, e antecipa que as receitas com royalties e licenças devem atingir os 250 milhões de dólares este ano.
O presidente-executivo Antonio Perez disse anteriormente, por exemplo, que a nova estratégia do grupo quanto a impressoras jato de tinta surgiu da descoberta de patentes não aplicadas sobre tintas de impressão.
"Nossa estratégia é tirar essas coisas do armário e colocá-las nas ruas", disser Chris McNiffe, gerente geral do departamento de soluções para sensores de imagem, na Kodak.
Os analistas encaravam essa perspectiva com certo ceticismo, já que a Kodak não ofereceu muitos detalhes sobre a espécie de patente que pretende explorar.
Além disso, eles afirmam que os contratos de licenciamento oferecem apenas retornos gradativos, e que é difícil apostar neles em longo prazo.
"Eles foram discretos quanto ao seu acervo, e até certo ponto com sucesso", diz o analista Christopher Chute, do grupo de pesquisa IDC. "Mas no final é preciso que você tenha inventado alguma coisa ou detenha certa propriedade intelectual, se quer manter sua posição de mercado."
A Kodak anunciou que a nova tecnologia leva adiante um padrão existente da empresa para imagens digitais. Hoje, o design de quase todos os sensores para imagens coloridas se baseia no chamado "Padrão Bayer", um arranjo de pixels vermelhos, verdes e azuis primeiro desenvolvido por Bryce Bayer, um cientista da Kodak, em 1976.
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