23.11.07

Informática: Hollywood processa site chinês por pirataria

Estúdios de Hollywood abriram um processo contra um serviço online e um internet café chineses.

Os grupos são acusados de oferecer downloads pirateados de "Piratas do Caribe" e outros filmes de sucesso. A informação foi divulgada na quinta-feira pela mídia estatal chinesa.

A Jeboo.com, de Pequim, e um Internet café em Xangai terão que enfrentar na justiça a Twentieth Century Fox, Walt Disney, Paramount Pictures, Columbia Pictures e Universal Studios, informou a agência de notícias Xinhua.

Os estúdios alegam que a Jeboo.com criou softwares usados pelo café para operar um negócio de download de filmes. Eles pedem indenização de 3,2 milhões de iuans (432 mil dólares).

A Jeboo.com se promove como sendo "meu cinema online" e afirma ser o maior provedor de downloads de filmes da China, dispondo de quase 30 mil filmes e seriados de TV que seus clientes podem copiar para seus computadores.

Um comunicado postado no Jeboo.com diz que o site "obtém legalmente" seus produtos de entretenimento, através de "parceiros fornecedores de conteúdo" que assinam contratos de copyright.

A ação, que será julgada em Xangai, promete ser mais uma batalha de palavras e ameaças legais entre a China e os EUA, que dizem que a economia asiática não faz o suficiente para impedir a ação de piratas comerciais.

Washington já se queixou junto à Organização Mundial do Comércio, dizendo que as normas chinesas descuidadas permitiram uma indústria crescente em bens americanos pirateados, incluindo filmes e softwares, que custa bilhões de dólares a empresas americanas.

DVDs piratas custam 1 dólar nas ruas chinesas, muito menos que as cópias legítimas vendidas em países ricos. E os Web sites que oferecem downloads de produtos de entretenimento são populares entre as dezenas de milhões de internautas chineses.

Os estúdios dizem que o Jeboo.com e o café de Xangai distribuíram 13 filmes sem autorização, incluindo "X-Men 2" e "Uma Noite no Museu".

Outras companhias chinesas já processaram piratas chineses e ganharam as ações. Em setembro, alguns estúdios receberam indenização de uma firma de Pequim que vendia cópias de "O Senhor dos Anéis" e outros filmes.

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