Os membros originais do Van Halen - sem o baixista Michael Anthony, substituído por Wolfgang, o filho de 16 anos de Eddie Van Halen - agradaram em cheio na primeira escala de sua turnê de reencontro.
A simples novidade de ver Roth e Eddie juntos no palco pode já ter sido suficiente para muitos na multidão que assistiram ao show de duas horas.
Vinte anos atrás, um concerto do Van Halen sempre criava um dilema para os fãs: olhar para quem? O vocalista com seus gestos tresloucados, ou o guitarrista mais influente de sua geração?
É diferente agora, porque David Lee Roth está bem mais contido. Usando calças de couro e jaqueta desabotoada, ele imitou os chutes que dava anos atrás, mas nem sequer tentou repetir os gritos e ganidos que pontilharam a meia dúzia de álbuns arrasadores da banda entre 1978 e 1984.
Sua infame irreverência estava quase ausente, e ele falou pouco com o público. Mesmo assim, foi bom vê-lo de volta a seu hábitat natural.
A banda que, no passado, definiu os excessos do rock no palco e fora dele voltou à tona, agora marcada pela alegria. Sobraram sorrisos, com Roth curtindo os holofotes e Eddie Van Halen livre para novamente mostrar a que veio na guitarra. O orgulho evidente que manifestava por dividir o palco com seu filho revigorou seu trabalho.
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