A telefonia móvel é a campeã de reclamações na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com mais de 360 mil queixas registradas no ano passado. Para contornar o problema, as regras para o setor vão mudar a partir de 13 de fevereiro.
O objetivo das novas mudanças, de acordo com a Anatel, é resolver problemas na conta, no atendimento, nas promoções e até na hora de cancelar a linha. O motorista Gilvan de Souza, por exemplo, perdeu muito tempo para conseguir cancelar uma linha: “Cada dia, eu ficava uns quatro ou cinco minutos esperando. A ligação passava de um atendente pra outro, e ninguém resolvia nada."
Mudanças
Por isso, a partir do dia 13, as empresas de telefonia celular terão 24 horas para cancelar a linha a partir do pedido do consumidor. Além disso, a cobrança de chamadas antigas, feitas há mais de dois meses, ocorrerá somente após negociação com usuário e serão discriminadas em faturas separadas.
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As chamadas para serviços de emergência passam a ser de graça, até para o consumidor que estiver fora da área em que mora. No caso dos pré-pagos, a ligação será feita mesmo se os créditos estiverem vencidos.
Pelas novas regras, quem tem celular pós-pago poderá pedir, sem custo, a cada seis meses, uma comparação dos planos alternativos para escolher a melhor opção.
Hoje, 80% dos telefones celulares são pré-pagos. Por isso, a Anatel acredita que as medidas de maior impacto são as que mudam os prazos dos créditos. As empresas vão oferecer créditos para 180 dias – hoje, o prazo máximo obrigatório é de 90 – e o consumidor não vai mais perder o que deixou de usar.
“A partir do momento em que ela coloca novos créditos, esses R$ 2 ou R$ 3 vão ser somados ao crédito que ela colocou pelo novo prazo de validade”, explica Bruno Ramos, gerente de regulamentação da Anatel.
Mas o consumidor ainda vai esperar bastante para ter atendimento pessoal pelas empresas de celular. A Anatel determinou que elas montem postos para receber os clientes, mas deu um longo prazo de adaptação para as operadoras. Somente em 2012 o atendimento pessoal terá de cobrir todo o país.
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL280414-9356,00.html
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