23.4.08

Gatas do 'Counter-Strike' desafiam marmanjos em reality show


Elas são jovens, bonitas e... podem derrubar marmanjos no mundo virtual de "Counter-Strike" antes mesmo que eles pensem em lançar uma cantada desagradável.

Cazzidy, Nato, Aurora, Sophie, Miss Hyper e Queen - são os apelidos nos games das seis garotas que formam o time "Les Seules" e jogam "CS" profissionalmente. Elas são as estrelas do reality show "Play Us", transmitido no Brasil pelo Multishow.

Veja fotos das garotas do time 'Les Seules'

No programa, as garotas, suecas e norueguesas, viajam a cidades dos Estados Unidos como Las Vegas e Nova York e enfrentam "desafios" como saltar de pára-quedas e atirar com armas de verdade em um clube de tiro. O objetivo final é vencer um campeonato de "Counter-Strike", não sem antes enfrentar os principais times masculinos.

No programa de TV, as garotas assumem uma postura implacável de jogadoras que não estão afim de brincadeira. O visual chega a lembrar uma "boy band feminina" e as tarefas de cada episódio tentam destacar a "atitude" das garotas. Escoltadas por assessores e pelo treinador, as garotas alternam momentos de diversão (quando vão a um cassino) com situações constrangedoras (ao serem desrespeitadas em um programa de rádio).

O time existe desde 2004 e chegou a se destacar na Electronic Sports World Cup (ESWC), uma das maiores competições mundiais de ciberesporte. Em 2004 as "Les Seules" ficaram em quarto lugar, e foram vice-campeãs em 2006.


Jogando para viver

O G1 conversou por e-mail com Thelma Lundin (a "Queen"), uma das seis integrantes da equipe. Ela elogiou a equipe feminina brasileira de "Counter-Strike" LadieS e lamentou que o jogo tenha sido banido no Brasil. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

G1 - Como surgiu a idéia de montar o time?

Thelma "Queen" Lundin - Nós nos conhecemos pela internet, jogando por times diferentes. Um dia, meses antes da Electronic Sports World Cup (ESWC, competição de ciberesportes), Sophie decidiu formar um time para o campeonato. Depois da competição, percebemos que nos dávamos bem e nos divertíamos muito, então decidimos continuar jogando juntas.

G1 - É difícil jogar contra times masculinos de "Counter-Strike"?

Thelma - Na maior parte do tempo estamos jogando contra garotos. É quase impossível não jogar contra eles nesse esporte, já que existem tantos homens. Tivemos partidas fáceis e difíceis, dependendo do time, é claro. Mas tem sido muito recompensador e aprendemos muito com isso.

G1 - É possível fazer do jogo uma profissão?

Thelma - Se você quiser, é absolutamente possível, mas você precisa se esforçar bastante, ter habilidade e um bom time. Algumas equipes vivem exclusivamente para o jogo, mas são a minoria. Acredito que programas como o "Play Us" pode ajudar a expandir o mercado, e então mais pessoas poderão ganhar a vida jogando.

G1 - O apelo de "símbolo sexual" atrapalha o time?

Thelma - Tem sido bom e ruim (na maioria das vezes é bom). Nos dias ruins nós somos alvos de muitas cantadas e algumas pessoas não nos levam a sério. Mas, por outro lado, isso nos ajudou a ganhar nosso próprio programa de TV.

G1 - É difícil lidar com o preconceito contra "jogos violentos"?

Thelma - Não é difícil. Eu não vejo diferenças entre um jogo violento e um filme de ação - exceto que o filme é muito mais real.

G1 - Qual foi a experiência mais marcante durante as gravações de "Play Us"?

Thelma - Tivemos tantos momentos legais que é quase impossível escolher apenas um. Eu diria que a viagem foi muito intensa e uma recordação para toda a vida. Mas se eu tivesse de escolher apenas um momento, seria o "episódio da floresta", em que tivemos de escalar cavernas cheias de morcego, caminhar em pontes altíssimas e muito mais.


http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL418007-6174,00.html

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