“A internet coloca o mundo à disposição das crianças. É importante que os pais tenham um certo controle sobre essa ferramenta, que é importante para o aprendizado, mas acaba sendo uma forma para que as coisas erradas se tornem mais acessíveis às crianças”, disse.
A Polícia Federal, segundo o delegado, tem feito um acompanhamento, especialmente no que tange a pornografia infanto-juvenil na internet, onde há casos inclusive de aliciamento de crianças.
“O perfil do pedófilo que usa a internet é de um homem mais velho, que geralmente já não se satisfaz com a pornografia adulta convencional e passa a procurar outras formas de se satisfazer sexualmente. Muitas vezes são homens solteiros ou divorciados, e que normalmente vivem em um certo isolamento”, explicou.
De acordo com Seixas, muitas vezes a polícia consegue chegar ao crime, mas não consegue provar a autoria. “A internet é um meio que deixa rastro, mas ainda assim a nossa legislação está muito defasada. É preciso que os rastros sejam armazenados pelas operadoras de internet. Muitas vezes a gente consegue chegar ao crime, mas não consegue provar a autoria porque o provedor de internet não guarda esses rastros que o criminoso deixou”, disse.
Em março de 2008 foi instalada no Senado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, e, segundo Seixas, a Polícia Federal está colaborando com a comissão para conseguir ferramentas indispensáveis para a investigação dos crimes.
“Primeiro é preciso ter uma legislação adequada, depois a gente precisa de uma polícia estruturada e pessoal capacitado, que conheça o funcionamento da internet, os termos técnicos, e que saibam fazer uma investigação virtual. Com isso e com a colaboração da sociedade, que precisa denunciar e confiar nas instituições para resolver esses problemas, a gente consegue reduzir bastante a incidência do crime de pedofilia na internet”, afirma o delegado.
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/052008/19052008-19.shl
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