17.6.08

Embratel terá WiMAX residencial em 2009

A Embratel terá a tecnologia WiMAX em residências brasileiras no início do ano que vem.

A notícia foi dada por Maurício Vergani, diretor-executivo da Embratel Empresas, durante o seminário Internet Móvel Mobilidade ao Alcance do seu Negócio, que ocorre nesta segunda-feira (16), promovido pela INFO.

A operadora já oferece a conexão WiMAX para pequenas e médias empresas no Brasil e seguirá a estratégia da Telmex – controladora da Embratel – que provê acesso a banda larga sem fio em residências no México.

Sem dar mais detalhes de como serão os planos, a operadora irá focar a sua oferta onde a internet a cabo não chega ou em locais que com condições desfavoráveis para a infra-estrutura de cabos – como ocorre em prédios muito antigos.

O anúncio casa com a intenção da Intel de trazer os primeiros notebooks para o Brasil com o WiMAX integrado à plataforma Montevina no início de 2009. No entanto, tanto a Embratel como a Intel terão de esperar o leilão das freqüências do WiMAX por parte da Anatel para oferecer o acesso totalmente móvel. Atualmente, a conexão só pode ser feita entra a antena e um ponto fixo (CPE), como se fosse um Wi-Fi de longo alcance.

3G x WiMAX

Para Maurício Ghetler, sócio da consultoria MG Systems, o debate hoje para a implementação em massa do WiMAX não é mais uma questão de tecnologia, mas de estratégia das grandes operadoras. "A tecnologia funciona bem demais. E é uma ameaça a outras presentes no mercado, como a 3G. As operadoras estão certas em fazer lobby para que ela não aconteça", disse Ghetler.

O consultor comparou o possível crescimento do WiMAX com o GSM no país. "Quem diria em 2003 que o GSM iria ser responsável por 93% do mercado e a Vivo iria perder tanta participação", perguntou.

Para a Embratel, 3G e WiMAX não podem ser consideradas tecnologias concorrentes, pois, apesar de ambas terem o mesmo fim – entregar banda larga aonde o cabo não chega –, suas especificações são diferentes. "A capacidade de donwload e upload do 3G é complicada. A tecnologia funciona bem para o uso pessoal, mas não poderia suportar transações de empresas o tempo todo", afirma Vergani, da Embratel.

Para José Geraldo de Almeida, diretor de network mobility da Motorola, o WiMAX tem uma capacidade de transmissão de dados mais consistente e por isso o número de rádio bases para transmissão do sinal é menor. "O diferencial é quantos usuários eu consigo colocar numa rádio base. Em locais com pouca demanda na rede de dados, o uso do 3G também é eficiente", afirma Almeida.

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/062008/16062008-23.shl

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