16.7.08

Não sou picareta, diz hacker que abre iPhone

Brasileiro que desbloqueou iPhone 3G diz que desejava mostrar a criatividade dos hackers brasileiros.

O programador de 25 anos Breno MacMasi e seu amigo Paulo Stool, 22, conseguiram desbloquear o iPhone 3G antes de famosos grupos hackers, como o iPhoneDevTeam - que também apresentou solução para desbloqueio, porém horas depois.

Breno, que possui uma pequena empresa de manutenção de iPhones, disse que trabalhou dois dias em parceria com seu amigo Paulo para chegar a uma solução para abrir o telefone 3G da Apple.

“Fiquei um pouco chateado com a repercussão. Nos Estados Unidos, eu seria um herói, mas aqui estão me tratando como um picareta”, diz Breno, que se tornou uma referência internacional após abrir o telefone da Apple.

Os sites estrangeiros Gizmodo e Engadget publicaram notas com links para seu vídeo exibindo o iPhone 3G funcionar com um chip da TIM.

Para abrir o telefone da Apple, Breno e Paulo estudaram o firmware 2.0 do iPhone 3G desde a quinta-feira (10), quando o aplicativo vazou na web, antes mesmo do início das vendas do aparelho nas lojas dos Estados Unidos, Europa e Ásia.

“Como tínhamos experiência com a versão anterior do iPhone, foi um pouco mais fácil para nós, mas só conseguimos por as mãos num telefone 3G na manhã de segunda feira. Pegamos um aparelho 3G de 8GB comprado nos Estados Unidos”, conta Breno.

Os hackers dizem que usaram uma solução de software e hardware para abrir o aparelho. Além do trabalho de programação, é preciso aplicar um adaptador no chip brasileiro. “Usamos um TurboSIM modificado, é uma espécie de película que aplicamos no chip para fazê-lo funcionar no telefone”, diz Breno.

O hacker diz que não sabe mais se vai oferecer serviços de desbloqueio, pois ficou chateado com a repercussão do desbloqueio, que ele considerou às vezes negativa para ele. “Já recebi e-mails com ameaças. Vou avaliar bem como agir”, diz.

Breno conta que seu desejo era “mostrar que o brasileiro pode ser tão ágil e criativo quando os hackers americanos”. “Meu objetivo é mostrar que temos criatividade e, se possível, arrumar um emprego formal numa empresa de tecnologia”, conta.

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/072008/15072008-19.shl

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