8.7.08

Robôs produzidos por universitários do Rio são campeões de briga

Universitários do Rio de Janeiro conseguiram uma façanha: eles desenvolveram engenhocas incríveis e conquistaram medalhas em uma olimpíada internacional, um torneio de robôs.

Arranhões profundos e pedaços de metal arrancados são muito comuns em um hospital de guerreiros robôs. Touro é o apelido da máquina mais temida no mundo por projetistas de robôs de combate criado e comandado por alunos do curso de engenharia da PUC -- Pontifícia Universidade Católica do Rio.

Os robôs feitos por eles colecionam títulos e medalhas de ouro, prata e bronze em torneios. Vence quem continua funcionando depois de três minutos dentro da arena. O mais forte de todos nunca foi derrotado por nocaute. Só perdeu o primeiro lugar duas vezes, por pontos... Os restos dos adversários viraram troféus.

“O objetivo é desabilitar o seu adversário, destruindo ou deixando ele preso na arena de alguma forma”, diz Eduardo Ristow, um dos membros da equipe.

Cinco anos de combates. Mais de duzentas lutas que consumiram meia tonelada de peças. A aventura de construir robôs destruidores resultou em um modelo bem mais sofisticado - tem até uma câmera na ponta.

Ele vai ser usado na inspeção de reatores nucleares das usinas de Angra dos Reis. Neste laboratório, as experiências e as idéias vindas das arenas de combate já influenciaram dez projetos diferentes.

Robôs que andam em encanamentos, que soldam peças em navios e até capazes de transportar pessoas. As soluções mecânicas encontradas por esse time são perseguidas por equipes de engenharia de vários países.

Os universitários não revelam o segredo do sucesso. Por enquanto, o que os adversários podem ver mesmo são as peças de seus robôs voando pra tudo que é lado. E também os brasileiros, levantando um após outro, títulos de campeão.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL637274-6174,00.html

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