A equipe Nasty, formada em 2007, é a única representante do Brasil no “Counter-Strike” feminino, uma das modalidades disputadas na Electronic Sports World Cup (ESWC), evento que acontece durante o Nvision. Na última semana, às vésperas de embarcar para os Estados Unidos, o time ficou desfalcado: duas jogadoras tiveram visto negado. Natacha, Priscylla e Patrícia, então, saíram em busca de substitutas.
“Primeiro nós tentamos duas espanholas, mas não deu certo porque as passagens eram muito caras”, conta Natacha. A capitã, Priscylla, em contato com outras equipes, ficou sabendo de um time que não havia se classificado para as finais da ESWC e estava disposto a ceder jogadoras.
Depois de assistirem a alguns vídeos com “melhores momentos” de algumas partidas, as brasileiras do Nasty escolheram Amy e Minie para substituir as companheiras que ficaram no Brasil. E isso a cinco dias do início da competição, o que dificultou o entrosamento.
“Não deu tempo de treinar, e nosso ping ficou muito mais alto”, explica Natália, citando a diferença de velocidades entre as conexões de internet dos dois países. “Os nomes de todos os lugares são bem diferentes”, diz ela, sobre os códigos e ordens táticas trocadas durante cada cenário de “Counter-Strike” – jogo de tiro tático em que a comunicação é vital para a sobrevivência.
Amy, uma das substitutas, conta que está tentando aprender português. Mas desabafa, em inglês, depois de uma partida: “Eu não sei português mesmo!”.
Nesta terça (26) a equipe mudou de estratégia. Com a participação de Lance, do time de “Counter-Strike” masculino MiBR, como técnico, dividiram-se em dois grupos: americanas conversando entre si, em inglês, e brasileiras falando português.
Venceram o time alemão NFaculty por 16 a 6 e voltaram a ter chances de classificação. Na segunda partida do dia, porém, perderam por 16 a 3 para as americanas do Evil Geniuses e foram desclassificadas.
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