30.12.06

Música: O Século de todos os rítimos

O homem e seu cérebro. Quem já parou para pensar nas várias situações do cotidiano onde nosso cérebro acompanha os ritmos? A sirene de uma ambulância, sinfonia de pássaros, marteladas da obra que não acaba nunca...E mais além, sons que poderiam ser imperceptíveis na realidade são todos somados ao nosso subconsciente. Um exemplo? O abrir e fechar de um portão de garagem, o som de elevadores ao longo dia e da noite, a caixa de luz que zomba do nosso sono. Mas, ah! A música...Foi quando o Homem teve a brilhante idéia de organizar todos esses ruídos em compassos e estruturações de arranjos infinitos: com apenas 2, 3, 4 tempos ou 7,9 e 11 tempos e mais qualquer combinação! O simples bater do pé e das mãos impõe um ritmo; sempre haverá uma maneira de fazer o som...À sua maneira! E com a compreensão do que é produzir música vieram também classificações para os ritmos, que muitas vezes nasceram de trabalhadores entediados ou ameaçados, pois que na música encontravam os códigos para expressar sentimento. Classicamente muitos ritmos africanos foram usados para este fim durante períodos de escravidão e hoje prestam sua beleza ao Afro-Cuban, aos ritmos brasileiros, etc. Nativos do mundo todo têm sua maneira de expressar ritmo, seja no jazz e rock, heavy metal, baião, dance, fusion,.prog, hardcore, axé, sertanejo, xote, forró, blues, música chinesa, hindu, arábica... E muitos milhares de ritmos que talvez nunca cheguemos a conhecer! Mas curiosamente todos obedecem a regras simples de divisão rítmica, as fórmulas de compasso não variam tanto assim e os tempos muitas vezes permanecem dentro de uma variação relativamente pequena, completados por 40 rudimentos que parecem expressar uma infinidade estelar de eventos rítmicos. Porque? Como podem existir 5 bilhões de pessoas no planeta, milhares de ritmos e menos de uma centena de ferramentas que expressam ritmo? Pare e pense: seu batimento cardíaco também vive em uma variação limitada, aproximadamente 60 batimentos por minuto em relaxamento até 150, 160 bpm (ou mais) em situações como um caloroso beijo, sexo, susto, brigas, stress, emoção... E coincidentemente muitas músicas estimulantes, com “cara jovem” têm seu bpm (semínimas por minuto) ao redor da faixa que vai dos 120 aos 170 bpm! Bebop Jazz, Axé, Salsa Heavy e Trash Metal, Dance e Trance são exemplos. Ao passo que as relaxantes estão na faixa dos 60 aos 90bpm, como o Slow Jazz, Baladas, Eruditas, etc. E o assunto vai adiante além pois os ritmos, assim como as melodias, provocam alegria, tristeza, energia, relaxamento, angústia, raiva e vários outros sentimentos indescritíveis pela palavra, mas expressos pela música de forma a libertar nosso ego interior (Quem já subiu num palco diante de muita gente sabe o que estou falando...). Conscientes então que todos os ritmos são fundamentalmente manifestações orgânicas de e para os seres vivos, hoje no século XXI mais do que nunca, vemos as fusões entre os ritmos. Aos poucos ficam difusas as barreiras que delimitam um ou outro ritmo, assim como nossos sentimentos já não são tão simples como antigamente. Na era da Internet onde todos expressam sua opinião facilmente, surgem novas e complexas interações entre os humanos, aparentes nas artes e expressões contemporâneas. Assim os ritmos, a música, a dança, a gastronomia, o teatro, o marketing, a poesia, a saúde...Nas misturas do século XXI tudo poderá passar pela cabeça dos antenados de hoje, antes mesmo de ligar um simples rádio! Abra a cabeça e escute.

Até a próxima!

Escrito por Dokter Leo rests.

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