O Brasil fechou o ano de 2006 bem perto da marca de 100 milhões de linhas celulares em uso, registrando alta de 15,8% sobre o ano anterior. Para analistas, os números mostram sinais claros de desaceleração do crescimento do mercado.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a base de telefonia móvel brasileira somou 99,92 milhões de linhas em uso ao final do ano passado. Em dezembro, o número de novos assinantes do serviço foi de 2,6 milhões.
O resultado do mês passado, puxado pelas vendas de Natal, ajudou a elevar as adesões à telefonia móvel em 2006 para 13,7 milhões. Em 2005, esse valor foi de 20,6 milhões.
"O comportamento mais racional adotado pelas operadoras móveis em suas estratégias comerciais de fim de ano, focando esforços de subsídios no segmento pós-pago, provavelmente contribuiu para esta performance", afirmou a analista Luciana Leocadio, da corretora Ativa, em relatório.
O total de adições no quarto trimestre, de cerca de 4 milhões, também foi inferior ao registrado no mesmo período de 2005. A queda foi de 35 por cento, segundo relatório da analista Vera Rossi, da corretora Morgan Stanley.
Na visão do Morgan Stanley, a performance fraca de outubro a dezembro em relação ao mesmo período de 2005 deve-se à continuação da desconexão de clientes por parte da operadora líder Vivo para limpeza de base, gastos dos consumidores com TVs de plasma e LCD durante o Natal e "promoções não agressivas no segmento pré-pago e sim nos produtos pós-pagos".
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