A colaboração dos usuários ultrapassou o limite da inserção de conteúdo e chegou ao combate de materiais indesejados. No Digg, popular site de agregação de notícias, cerca de 850 mil usuários registrados efetivamente atuam como uma equipe editorial, recomendando histórias que julgam ser interessantes o suficiente para estar na página principal do site. De acordo com o fundador do Digg, Kevin Rose, o site é desenhado para que os usuários possam monitorar seu comportamento. É possível, por exemplo, ver o histórico de internautas que clicaram em um texto –- se uma história tem um grande número de chamadas por pessoas que criaram contas recentemente, é provável que ela tenha sido promovida de maneira desleal, provavelmente por um único usuário que criou as outras contas. Membros também podem utilizar ferramentas para “enterrar” os textos que eles não acham que merecem estar na capa do site. Deste modo, com a atuação coletiva, o conteúdo indesejado é deixado de fora. Atividades suspeitas também podem ser frustradas utilizando os dados sobre o comportamento normal do site, recolhidos no passado. “Com mais de dois anos de experiência e análises estatísticas e de comportamento sobre as formas como o conteúdo é submetido e promovido, nós temos um entendimento bastante detalhado do processo”, disse Rose. Achar padrões significativos em uma grande quantidade de dados não é fácil. Mas, com certeza, as ferramentas de visualização podem ser utilizadas para detectar atividades suspeitas mais facilmente. “Ao representar a atividade dos usuários graficamente, nós podemos começar a ver padrões que não seriam aparentes por outros meios”, diz Eric Rodenbeck, fundador do Stamen, empresa de design que fornece ferramentas de visualização para o Digg. “Nos dá uma boa visão do que está acontecendo, mas é apenas uma parte. Há diversos parâmetros para mapear.” Até agora, a combinação do policiamento dos usuários e da visualização dos dados trabalhou bem ao tornar as trapaças relativamente mínimas. Aqueles que são suspeitos de utilizar suas contas para tentar enganar o sistema recebem um e-mail de aviso. O usuário é banido após a segunda violação.
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL2213-6174-5669,00.html
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