8.2.07

Informática: China fecha 205 sites em ação contra pirataria

A China, país frequentemente criticado pelo Ocidente por não combater o download maciço e ilegal de músicas e filmes, informou na quinta-feira que tirou do ar 205 sites em uma campanha contra pirataria na Internet.
Autoridades do país informaram que entre o final de setembro e janeiro investigaram 436 casos, incluindo cerca de 130 a pedido de associações internacionais, e emitiram ordens para 361 acusados pararem com as infrações de direitos autorais.
"Pirataria de propriedade intelectual na Internet tem prejudicado seriamente os interesses dos detentores de direitos, levando a um grande número de processos e, portanto, prejudicando a ordem da Internet", disse Yan Xiaohong, vice-diretor da Administração Nacional de Direitos Autorais, em entrevista a jornalistas.
Yan informou que na ação mais recente, autoridades emitiram multas num total de 705 mil iuans (91.000 dólares), confiscaram 71 servidores e transferiram seis casos para serem processados por tribunais. Um deles resultou em condenação.
Casos que ganharam destaque incluem sites que ofereciam downloads de software, livros, músicas e programas de televisão. Em um caso, todos os cibercafés em Changchun, no nordeste do país, estavam conectados a algum banco de dados com filmes pirateados.
Os chineses normalmente fazem download ilegais de filmes e músicas por causa dos preços elevados das cópias oficiais e restrições do governo a importações de bens culturais. Muitos filmes ocidentais nem mesmo são disponibilizados legalmente nos cinemas do país.
Músicas, filmes e software pirateados são vendidos abertamente nas ruas chinesas, tornando o problema um ponto importante de irritação nas relações comerciais do país com os Estados Unidos.
Números oficiais apontam que a China tem cerca de 843 mil sites e 140 milhões de internautas, o que torna o país o segundo maior mercado de Internet do mundo.
Yan não informou quantos desses sites têm material pirateado, mas pediu compreensão dos parceiros comerciais da China pois o governo está trabalhando para resolver o problema.
"Com a Internet se desenvolvendo tão depressa, eu temo que na China, assim como em qualquer outro lugar, levará algum tempo para que possamos efetivamente administrá-la", disse Yan.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,AA1450220-6174,00.html

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