Duo inglês se apresentou nesta sexta (16) e sábado em SP. Entre os hits mostrados estavam "Domino dancing" e "Always on my mind".
Nostalgia é uma commodity valiosa hoje, como prova o sucesso permanente das festas dos anos 80 em São Paulo e como, neste contexto, provou o show dos Pet Shop Boys neste último sábado (17). Foi a salvação da apresentação feita pelo duo inglês, que demorou bastante para empolgar o bom público no Credicard Hall - de 7 mil pessoas, de acordo com a assessoria de imprensa.
Em turnê para promover o mais recente álbum, "Fundamental", os Pet Shop Boys preferiram concentrar seus principais trunfos apenas no final e saíram perdendo. Tanto os sucessos que apelavam aos fãs oitentistas quanto os momentos que agradavam à platéia gay - uma das bases do êxito do PSB - só foram aparecer quando mais da metade da apresentação já havia se passado.
A política-dançante "I'm with stupid", single de "Fundamental", foi anunciada por Neil Tennant com um "Fora Bush", mas nada que levantasse mesmo o público ou que o fizesse refletir sobre, digamos, as atrocidades de Abu Ghraib ou os lucros de petroleiras americanas. Baladas fraquinhas como "Numb" e "Dreaming of the queen" - esta em homenagem a Diana e com imagens do cortejo fúnebre da princesa de Gales no telão - tiravam bastante a força do show.
Também não ajudava o natural tom blasé da dupla - Neil Tennant, vestido de cartola e paletó negros, ainda arriscava um ou outro contato; Chris Lowe, de boné e jaqueta verde-limão, parecia mais uma estátua. Como tampouco foram de muita valia as coreografias sem muita elaboração dos quatro dançarinos acompanhantes.
Em turnê para promover o mais recente álbum, "Fundamental", os Pet Shop Boys preferiram concentrar seus principais trunfos apenas no final e saíram perdendo. Tanto os sucessos que apelavam aos fãs oitentistas quanto os momentos que agradavam à platéia gay - uma das bases do êxito do PSB - só foram aparecer quando mais da metade da apresentação já havia se passado.
A política-dançante "I'm with stupid", single de "Fundamental", foi anunciada por Neil Tennant com um "Fora Bush", mas nada que levantasse mesmo o público ou que o fizesse refletir sobre, digamos, as atrocidades de Abu Ghraib ou os lucros de petroleiras americanas. Baladas fraquinhas como "Numb" e "Dreaming of the queen" - esta em homenagem a Diana e com imagens do cortejo fúnebre da princesa de Gales no telão - tiravam bastante a força do show.
Também não ajudava o natural tom blasé da dupla - Neil Tennant, vestido de cartola e paletó negros, ainda arriscava um ou outro contato; Chris Lowe, de boné e jaqueta verde-limão, parecia mais uma estátua. Como tampouco foram de muita valia as coreografias sem muita elaboração dos quatro dançarinos acompanhantes.
Assim, mesmo com o medley entre a "brasileira" "Se a vida é" e o hit "Domino dancing", a platéia só ficou agitada com "Always on my mind", clássico de Elvis Presley. Os Pet Shop Boys, ironicamente, tiveram que cavar mais fundo para esquentar a apresentação.
Para aumentar a ironia, a versão de "Can't take my eyes off you" (1967) empolgava mais do que a outra metade no medley formado com "Where the streets have no name", do U2. Outro cover, "Go west", do Village People, confirmava a impressão que o Pet Shop Boys estavam mais promovendo uma festa dos anos 80 com preços inflacionados - os ingressos custavam entre R$ 80 e R$ 130. Não foi difícil ouvir reclamações do tipo na saída, apesar de outros se dizerem satisfeitos com os hits.
A ironia se completou com o bis final, quando o duo tocou "Being boring" (1990), que tem o refrão "'cause we were never being boring..." (porque a gente nunca estava sendo chato...). Com certeza, já houve por aí festa dos anos 80 mais animada - e mais em conta.
Para aumentar a ironia, a versão de "Can't take my eyes off you" (1967) empolgava mais do que a outra metade no medley formado com "Where the streets have no name", do U2. Outro cover, "Go west", do Village People, confirmava a impressão que o Pet Shop Boys estavam mais promovendo uma festa dos anos 80 com preços inflacionados - os ingressos custavam entre R$ 80 e R$ 130. Não foi difícil ouvir reclamações do tipo na saída, apesar de outros se dizerem satisfeitos com os hits.
A ironia se completou com o bis final, quando o duo tocou "Being boring" (1990), que tem o refrão "'cause we were never being boring..." (porque a gente nunca estava sendo chato...). Com certeza, já houve por aí festa dos anos 80 mais animada - e mais em conta.
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