21.6.07

Informática: Câmera evita 'cola' em testes on-line


O número de estudantes universitários fazendo cursos on-line aumenta cada vez mais, criando um duro dilema para educadores que querem prevenir a cola na hora dos testes. Para resolver esse problema, uma nova tecnologia que coloca uma câmera dentro da casa do estudante pode ser a forma do futuro -– desde que os alunos não achem a interação muito invasiva.

O equipamento, desenvolvido pela companhia Software Secure, é similar em muitos aspectos a outras tecnologias para garantir a segurança em testes -- travando o computador para impedir buscas e incluindo até certificação com impressão digital. Mas a novidade é a incorporação de uma pequena webcam e de um microfone, arrumados para estar onde o estudante faz o exame.

A câmera aponta para uma esfera brilhante, permitindo captura de imagens em 360 graus. Quando a prova começa, o equipamento grava imagens e som, e um software detecta barulhos e movimentos diferentes -– o instrutor do curso pode voltar a gravação para verificar se ocorreu algo anormal, identificando se houve alguma mudança brusca na performance do estudante.

A Universidade de Troy, no Alabama, Estados Unidos, irá começar em breve a utilizar o sistema -– que terá um custo de US$ 125 aos alunos. Os criadores, porém, admitem que a tecnologia está longe de ser a solução perfeita. A idéia ainda precisa passar por uma resistência: alguns alunos podem se sentir intimidados com as gravações, deixando de fazer o curso.

Estima-se que 3,2 milhões de estudantes tiveram aulas on-line em 2005, de acordo com o Consórcio Sloan, grupo de provedores de ensino on-line que estudam questões da área -- segundo o próprio consórcio, os números devem ter crescido hoje.

Muitos desses cursos, porém, fazem poucos testes, incluindo alguns dos maiores, como os das Universidades de Phoenix, Capella e Walden. Nas três escolas, a maior parte das avaliações é feita através de trabalhos escritos -– as escolas afirmam que é o melhor método para assessorar seus estudantes, na maior parte adultos que já trabalham.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL55849-6174,00.html

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