Informação repassada por e-mail faz parte de uma campanha para divulgar carro.
Falsa notícia prevê colisão de forte impacto entre asteróide e planeta Terra.
O e-mail chega aos usuários com as características de exagero típicas dos boatos virtuais: “um asteróide vai se chocar com a Terra em 2007” e “a colisão trará mudanças sem precedentes na existência humana na Terra” são algumas das frases alarmantes que, na realidade, fazem parte de uma campanha de marketing. Apesar de falsa, muitos internautas acreditaram na informação criada por uma fabricante de carros e passaram para frente a “notícia” sobre o asteróide Pallas.
O site Observatório de Asteróides, que divulga a informação bombástica (e falsa), está registrado sob o nome da Peugeot-Citroën do Brasil Automóveis. Faz sentido, já que a Citroën prepara para a primeira quinzena de julho o lançamento no Brasil do modelo C4 Pallas.
No pé da página falsa, em letras miúdas, o internauta pode ler que aquele é um informe publicitário. No entanto, de forma bem mais visível, está divulgada na área superior a informação de que o site é associado a um suposto International Astronomy Center (IAC, ou Centro Internacional de Astronomia). Assim, é provável que os menos atentos se detenham à falsa parceria e ignorem o fato de aquela ser uma página publicitária.
Esse tipo de campanha -- também chamada de marketing viral -- tem como objetivo fazer com que os próprios internautas repassem as informações para seus contatos da web, aumentando a atenção sobre um determinado produto ou acontecimento, como no caso do asteróide. Uma alternativa que facilita muito a propagação dessas campanhas é a ferramenta “enviar por e-mail”, já que muitos dos visitantes da página clicam nesse ícone para repassar a informação, criando assim uma corrente.
Em março deste ano, o senador Arthur Virgílio (PSDB) foi vítima de uma campanha desse tipo e chegou a protagonizar uma gafe no Senado. Em meio a um discurso, ele afirmou aos demais senadores que tinha uma notícia, "da maior gravidade", citando a página de internet de uma empresa que, supostamente, defendia privatização da Amazônia. Tratava-se, na realidade, de uma campanha do Guaraná Antarctica.
Um dos casos mais célebres sobre notícias falsas consideradas verdadeiras pelo público aconteceu em 30 de novembro de 1938, quando Orson Welles narrou pela rádio a “Guerra dos Mundos”. A história de ficção científica tinha o estilo de um boletim de notícias e, por isso, causou pânico entre milhares de ouvintes. Cerca de 70 anos depois, diversos internautas enviaram mensagens ao G1 perguntando se a história do asteróide Pallas era verdadeira.
No mundo real, não há a menor chance de que o 2 Pallas venha a colidir com a Terra. Sua localização longínqua, no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, torna muito difícil que algum cataclismo o desvie para a nossa vizinhança. Para se ter uma idéia, o asteróide está a 415 milhões de quilômetros do Sol, enquanto a Terra está a “apenas” 150 milhões de quilômetros dessa estrela.
Ao contrário do que diz a falsa notícia, o 2 Pallas é o terceiro, e não o segundo maior asteróide do cinturão, com cerca de 500 km de diâmetro. Se o impacto acontecesse mesmo, ele seria definitivamente devastador: o corpo celeste que acabou com os dinossauros há 65 milhões de anos tinha apenas 10 km de diâmetro.
Falsa notícia prevê colisão de forte impacto entre asteróide e planeta Terra.
O e-mail chega aos usuários com as características de exagero típicas dos boatos virtuais: “um asteróide vai se chocar com a Terra em 2007” e “a colisão trará mudanças sem precedentes na existência humana na Terra” são algumas das frases alarmantes que, na realidade, fazem parte de uma campanha de marketing. Apesar de falsa, muitos internautas acreditaram na informação criada por uma fabricante de carros e passaram para frente a “notícia” sobre o asteróide Pallas.
O site Observatório de Asteróides, que divulga a informação bombástica (e falsa), está registrado sob o nome da Peugeot-Citroën do Brasil Automóveis. Faz sentido, já que a Citroën prepara para a primeira quinzena de julho o lançamento no Brasil do modelo C4 Pallas.
No pé da página falsa, em letras miúdas, o internauta pode ler que aquele é um informe publicitário. No entanto, de forma bem mais visível, está divulgada na área superior a informação de que o site é associado a um suposto International Astronomy Center (IAC, ou Centro Internacional de Astronomia). Assim, é provável que os menos atentos se detenham à falsa parceria e ignorem o fato de aquela ser uma página publicitária.
Esse tipo de campanha -- também chamada de marketing viral -- tem como objetivo fazer com que os próprios internautas repassem as informações para seus contatos da web, aumentando a atenção sobre um determinado produto ou acontecimento, como no caso do asteróide. Uma alternativa que facilita muito a propagação dessas campanhas é a ferramenta “enviar por e-mail”, já que muitos dos visitantes da página clicam nesse ícone para repassar a informação, criando assim uma corrente.
Em março deste ano, o senador Arthur Virgílio (PSDB) foi vítima de uma campanha desse tipo e chegou a protagonizar uma gafe no Senado. Em meio a um discurso, ele afirmou aos demais senadores que tinha uma notícia, "da maior gravidade", citando a página de internet de uma empresa que, supostamente, defendia privatização da Amazônia. Tratava-se, na realidade, de uma campanha do Guaraná Antarctica.
Um dos casos mais célebres sobre notícias falsas consideradas verdadeiras pelo público aconteceu em 30 de novembro de 1938, quando Orson Welles narrou pela rádio a “Guerra dos Mundos”. A história de ficção científica tinha o estilo de um boletim de notícias e, por isso, causou pânico entre milhares de ouvintes. Cerca de 70 anos depois, diversos internautas enviaram mensagens ao G1 perguntando se a história do asteróide Pallas era verdadeira.
No mundo real, não há a menor chance de que o 2 Pallas venha a colidir com a Terra. Sua localização longínqua, no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, torna muito difícil que algum cataclismo o desvie para a nossa vizinhança. Para se ter uma idéia, o asteróide está a 415 milhões de quilômetros do Sol, enquanto a Terra está a “apenas” 150 milhões de quilômetros dessa estrela.
Ao contrário do que diz a falsa notícia, o 2 Pallas é o terceiro, e não o segundo maior asteróide do cinturão, com cerca de 500 km de diâmetro. Se o impacto acontecesse mesmo, ele seria definitivamente devastador: o corpo celeste que acabou com os dinossauros há 65 milhões de anos tinha apenas 10 km de diâmetro.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL50412-6174-5669,00.html
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