Que agradável surpresa é descobrir que aquela figura deprimente (embora hilária) que nos foi mostrada no reality show “The Osbournes” ainda é o “príncipe das trevas” do rock.
Em “Black Rain”, seu trabalho mais recente, Ozzy mostra uma impressionante boa forma. Ele consegue interpretar músicas tão pesadas quanto as que tocava em seus tempos de ouro (com o Black Sabbath ou sozinho). Suas letras também têm profundidade tanto em lírica, quando ouvimos ele cantar sobre envelhecer no meio do rock, quanto em crítica à guerra, ou ao capitalismo (como nos bons tempos de “War Pigs”).
O mais surpreendente, e aí talvez não seja tanto influência pessoal dele, é a qualidade musical do disco. As músicas têm riffs marcantes, criativos e que fogem da obviedade. Aqui é possível perceber a influência de Zakk Wylde, monstro da guitarra do grupo Black Label Society. Ele dá continuidade à tradição de Ozzy em trabalhar com músicos exímios, como o fantástico Randy Rhoads, jovem promessa que morreu em 1982 num acidente bizarro envolvendo drogas e um avião desgovernado.
Desde 1995, quando saiu o irregular “Ozzmosis” [que já abria com Wylde destruindo tudo em “Perry Mason”], não era possível ouvir composições que dessem uma continuidade respeitável à importância de Ozzy para o rock.
Não é preciso ser metaleiro, fã de Helloween, vestir preto, fazer cara de mau, nem gostar de Blind Guardian, para saber que Ozzy faz parte de um clube de poucos que revolucionaram o rock pesado, para o bem e para o mal, gerando o Heavy Metal. “Black Rain” faz isso. O disco reforça a importância pessoal do vocalista, independente da, não menos valiosa historicamente, continuação do Black Sabbath, atualmente sob o nome de Heaven and Hell, mais uma vez com Ronnie James Dio nos vocais.
“Not going away” e “I don’t wanna to stop”, as duas primeiras músicas, já deixam claro que o disco não é um caça-níquel nostálgico, nem mostra um vocalista perdido no tempo. Pelo contrário, Ozzy mostra uma desenvoltura jovial, soando como atual, e ainda melhor que a grande maioria das jovens bandas tocando rock pesado atualmente. “Trap door” e “Silver”, duas das melhores do disco, mostram bem isso.
É verdade que há pontos menos altos no disco, mas mesmo as gravações mais, digamos, melosas, soam melhor aqui do que já soaram nos últimos discos, não chega a ser nada que desmereça o conjunto da obra, e vale lembrar que mesmo no princípio, o mesmo Ozzy de “Paranoid” gravou músicas menos viscerais, mas ainda importantes, como “Changes”.
Ninguém pode esperar, entretanto, que o disco de um metaleiro de 60 anos de idade, que já revolucionou o mundo do rock uma vez, vá inovar e inventar algo de novo. O disco é básico, seguindo a linha de outros trabalhos do próprio Ozzy, e isso pode ser considerado um grande elogio.
Assista Not Going Away ao vivo
Desde 1995, quando saiu o irregular “Ozzmosis” [que já abria com Wylde destruindo tudo em “Perry Mason”], não era possível ouvir composições que dessem uma continuidade respeitável à importância de Ozzy para o rock.
Não é preciso ser metaleiro, fã de Helloween, vestir preto, fazer cara de mau, nem gostar de Blind Guardian, para saber que Ozzy faz parte de um clube de poucos que revolucionaram o rock pesado, para o bem e para o mal, gerando o Heavy Metal. “Black Rain” faz isso. O disco reforça a importância pessoal do vocalista, independente da, não menos valiosa historicamente, continuação do Black Sabbath, atualmente sob o nome de Heaven and Hell, mais uma vez com Ronnie James Dio nos vocais.
“Not going away” e “I don’t wanna to stop”, as duas primeiras músicas, já deixam claro que o disco não é um caça-níquel nostálgico, nem mostra um vocalista perdido no tempo. Pelo contrário, Ozzy mostra uma desenvoltura jovial, soando como atual, e ainda melhor que a grande maioria das jovens bandas tocando rock pesado atualmente. “Trap door” e “Silver”, duas das melhores do disco, mostram bem isso.
É verdade que há pontos menos altos no disco, mas mesmo as gravações mais, digamos, melosas, soam melhor aqui do que já soaram nos últimos discos, não chega a ser nada que desmereça o conjunto da obra, e vale lembrar que mesmo no princípio, o mesmo Ozzy de “Paranoid” gravou músicas menos viscerais, mas ainda importantes, como “Changes”.
Ninguém pode esperar, entretanto, que o disco de um metaleiro de 60 anos de idade, que já revolucionou o mundo do rock uma vez, vá inovar e inventar algo de novo. O disco é básico, seguindo a linha de outros trabalhos do próprio Ozzy, e isso pode ser considerado um grande elogio.
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