28.1.08

Cientistas chineses caem em 'pegadinhas' via internet

Um grupo de internautas brincalhões (ou trolls, como são conhecidos no universo virtual) passou a utilizar o site oficial do Ministério de Ciência e Tecnologia chinês para ridicularizar os cientistas locais, informou nesta segunda-feira (28) a imprensa estatal.

Segundo a agência "Xinhua", eles entraram na seção de perguntas e respostas da página, colocando questões absurdas que os administradores, apesar de tudo, tentaram responder da forma mais séria possível. Ao menos 200 perguntas desse tipo foram enviadas ao site na semana encerrada em 22 de janeiro.

Um desses internautas, por exemplo, perguntou se era possível cozinhar um porco em molho de soja com energia nuclear. "Entrei em contato várias vezes com terroristas que querem comprar alguns reatores nucleares para uso doméstico que inventei, onde posso registrar a patente?", questionou outro internauta, que assinou com o nome de Gan Liliang.

A maioria das perguntas foi apagada, segundo os administradores. Antes, no entanto, foram copiadas e reproduzidas em outros fóruns em mandarim. "Embora muitas das perguntas não tivessem a ver com o trabalho do Ministério, as respondemos da melhor forma possível", assegurou um comunicado da instituição.

Populosa

A China, com 210 milhões de internautas, está a ponto de superar os Estados Unidos como a maior comunidade de usuários da rede. Os chineses, apesar da forte censura de conteúdos, usam a sátira com freqüência em blogs, fóruns e sites.

Há duas semanas, em entrevista coletiva dos Ministérios de Segurança Pública e de Indústria da Informação, os responsáveis destas instituições indicaram que o governo deseja um ambiente "saudável" nas páginas chinesas, mas que algumas piadas de vez em quando não são prejudiciais.

As autoridades citaram como exemplo de humor "aceitável" a paródia que nos últimos anos circulou de um filme de Chen Kaige (um dos diretores mais famosos da China), que chegou a se tornar tão famosa quanto o longa original.

http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL276915-6174,00.html

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