Os empresários pretendem colocar a fábrica -- voltada exclusivamente à produção de chocolate amargo -- no roteiro turístico de São Francisco. Além de produzir, o espaço terá uma loja para a venda dos produtos. “As pessoas poderão vir aqui para experimentar chocolate ou aprender mais sobre o produto. Queremos criar um ambiente interativo para pessoas com interesses diferentes”, afirmou Childs ao programa Mundo S/A
Enquanto o local não fica pronto, os empresários vendem em seu site chocolates beta, ainda em fase de testes, como fazem as empresas de tecnologia antes de lançar oficialmente seus produtos. A página tem um espaço para que os consumidores coloquem os comentários sobre o chocolate e esse feedback é avaliado pela direção da empresa. Com base na impressão de seus clientes, os funcionários da Tcho vão “temperando” a receita do produto.
Childs estuda o universo dos grãos de cacau há sete anos. “O chocolate requer muita técnica e muita ciência também, desde o plantio até o processamento, passando pelo desenvolvimento do sabor. Há também muita tecnologia envolvida”, afirmou o empresário que viajou o mundo em busca de cacau orgânico de boa qualidade. Atualmente, os grãos comprados pela empresa vêm de diversos países: Peru, Costa Rica e Madagascar, entre outros. A máquina para produção foi importada da Alemanha.
Procurando investidores para o projeto, ele encontrou seu velho amigo Rossetto. O fundador da “Wired” tinha muita experiência com tecnologia e também estava disposto a mudar de vida – tanto que vendeu sua publicação. “Amava o que fazia e tenho orgulho de a revista ainda estar aí e ser boa. Mas agora a minha obsessão, o que me conquistou, é o chocolate.”
Ao contrário de seu sócio, Rossetto não entra no laboratório. Seu papel é encontrar o melhor cacau do mundo para fazer chocolate – em português, língua que aprendeu durante os quatro meses que morou no Brasil, ele pede que os produtores locais entrem em contato, caso seu cacau orgânico seja de boa qualidade. Responsável pela administração da Tcho, o fundador da revista de tecnologia fez questão de levar para sua nova empresa a linguagem, o estilo e os profissionais do Vale do Silício.
A Tcho começou pequena, apenas com 15 funcionários. E, ao sair em busca de financiamento, seus fundadores encontraram 57 amigos dispostos a colaborar com pequenas quantias – hoje, todos são sócios da fábrica.
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL282302-6174,00.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário