O deputado holandês Geert Wilders, de extrema direita, disponibilizou na internet um polêmico vídeo onde denuncia o caráter "fascista" do Alcorão, fazendo com que a Holanda recebesse ameaças de grupos muçulmanos, segundo a agência de notícias ANP.
Wilders, fundador do Partido da Liberdade (que conta com nove deputados no parlamento, de um total de 150), anunciou no ano passado sua intenção de realizar um vídeo que mostraria o caráter "fascista" do Alcorão, livro que comparou ao "Mein Kampf" ("Minha luta") do ditador alemão Adolf Hitler.
Inúmeros países mulçumanos, como o Irã e o Egito, já demonstraram indignação com o projeto e ameaçaram a Holanda com um boicote econômico pelo que consideraram "ataques gratuitos" à religião mulçumana. Associações islâmicas holandesas pediram calma aos fiéis e que não respondessem à provocação.
O governo holandês tentou convencer Wilders, em diversas ocasiões, a desistir do projeto, temendo uma reação similar à ocorrida na Dinamarca, após a publicação de caricaturas de Maomé.
No final de fevereiro, os talibãs ameaçaram os 1.660 soldados holandeses no Afeganistão, caso o filme fosse divulgado.
Wilders vive com proteção policial desde o assassinato, em novembro de 2004, do cineasta holandês Theo van Gogh, realizado por um islamita radical após a divulgação de um filme que denunciava a condição da mulher no Islã.
AFP
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