A polícia de Miami, nos Estados Unidos, vai ganhar um reforço de última geração no combate ao crime: um robô voador dotado de câmeras e sensores infra-vermelhos que é capaz de monitorar áreas de risco e de ajudar agentes de segurança em situações como seqüestros e confrontos com criminosos.
O robô, de 6,3 kg, foi criado pela Honeywell. Ele decola e pousa verticalmente, e pode ser carregado em uma mochila pelo policial responsável por sua operação. "Vamos utilizá-lo em situações específicas, e ele servirá como um par extra de 'olhos' para nossos policiais", afirma o porta-voz da polícia, Juan Villalba.
Sistemas semelhantes já são utilizados no Iraque e no Afeganistão há alguns anos. Desde 2006, robôs com as mesmas funções também ajudam a polícia a monitorar as fronteiras com o México e com o Canadá.
Para entrar em operação na Flórida, o robô voador ainda precisa ter seu uso aprovado pela FAA, órgão responsável pelo controle aéreo dos Estados Unidos. Viallaba, no entanto, diz que o processo já está bastante avançado, e que a polícia espera poder contar com o aparelho nos próximos meses.
Além da questão de segurança de vôo - já que os robôs passariam a fazer parte da já congestionada malha aérea americana -, há a preocupação em relação à privacidade dos cidadãos americanos. A Flórida é um dos estados que mais investe em instalação de câmeras de vigilância em áreas públicas.
"Tecnologias como essa podem ser utilizadas por forças de segurança para aumentar a tranqüilidade da população", avalia o diretor da União Americana pela Liberdade Civil, Howard Simon. "Mas cada avanço tecnológico também significa um aumento nas ameaças à privacidade", diz.
A polícia, no entanto, afirma que os robôs não serão utilizados, pelo menos em um primeiro momento, para fazer vigilância de rotina. "A idéia é colocá-los em operação para tentar visualizar reféns ou enxergar criminosos que estejam atrás de barreiras durante situações de conflito", explica Villalba.
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