A Microsoft admitiu, em comunicado divulgado nos Estados Unidos, que voltou a conversar com o Yahoo! sobre a fusão entre as duas companhias.
“Estamos considerando um acordo alternativo com o Yahoo!, que pode envolver uma associação entre as empresas, mas não a compra de todas as ações do Yahoo!, diz a Microsoft em nota.
Originalmente, a Microsoft propôs comprar o controle do Yahoo! e pagar por ele US$ 44,6 bilhões. O Yahoo! recusou e as negociações se arrastaram por quase dois meses. Numa última tentativa, a Microsoft elevou sua proposta para US$ 49,6 bilhões. O novo valor também foi recusado pela empresa de buscas.
O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, disse que desistia do negócio. Para Ballmer, o valor ofertado já era alto demais e desagrava parte dos acionistas da Microsoft. O Yahoo!, por sua vez, diz que a Microsoft deprecia seu valor.
Sem acordo, a fusão parecia improvável. Mas há uma semana o bilionário Carl Icahn, grande acionista do Yahoo!, declarou que lutará para indicar conselheiros para a direção do buscador. Com representantes no conselho, ele prometia forçar o Yahoo! a retomar as conversas com a Microsoft.
A reunião que definirá novos conselheiros para o comando do Yahoo! ocorrerá no dia 3 de julho. Neste domingo (18), no entanto, a companhia de buscas admitiu que voltou a conversar com a Microsoft.
O plano da Microsoft é comprar apenas uma parte do Yahoo! e se associar ao buscador em áreas estratégicas para a companhia, como a venda de publicidade online. Os termos da nova proposta da Microsoft devem ser definidos ao longo da semana.
Uma preocupação compartilhada por Microsoft e Yahoo! é encontrar uma fórmula de se unirem sem infringir leis contra o monopólio. Afinal, juntos ambos os serviços concentram grande parte da audiência na internet e na venda de publicidade online.
No relatório de abril da comScore, por exemplo, o Google aparece com audiência nos Estados Unidos de 141 milhões de visitantes únicos, a maior no país. O Yahoo!, no entanto aparece logo atrás, com 140,4 milhões de unique visitors. Já a Microsoft detém outros 120 milhões de visitantes únicos, o que indica a força de uma união entre estas duas últimas companhias.
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/052008/19052008-1.shl
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