A Sociedade Nacional para Epilepsia da Grã-Bretanha (NSE, na sigla em inglês) afirmou que alguns dos vídeos, não todos, são só para satisfazer o voyeurismo dos internautas, sendo equivalentes modernos dos shows de aberrações populares durante o século 19.
No site de compartilhamento de vídeos há muitos clipes de pessoas tendo convulsões e outros mostrando pessoas fingindo ter convulsões. Alguns destes vídeos foram assistidos por mais de 70 mil pessoas.
A NSE revelou a preocupação de que algumas das imagens tenham sido colocadas no YouTube sem a permissão das pessoas que tiveram as convulsões.
Segundo Sallie Baxendale, neuropsicóloga da NSE, parece claro que vários vídeos foram gravados nas ruas, com telefones celulares.
Mas, segundo a médica, algumas das imagens podem ter sido feitas durante consultas médicas, e mostram a pessoa passando por um eletroencefalograma para monitorar as ondas cerebrais.
Segundo Baxendale, os comentários postados no YouTube a respeito das imagens foram, geralmente, solidários.
Mas uma minoria sugeriu que a pessoa sofrendo a convulsão poderia estar possuída e necessitaria um exorcismo.
A médica afirma que imagens de convulsões epiléticas poderiam ajudar a aumentar os conhecimentos das pessoas sobre o problema.
"Não estamos falando 'estas imagens não deviam ser divulgadas, parem agora', mas é algo para se pensar. É algo bom ou ruim? Não tenho certeza", afirmou.
O site afirmou que analisou e retirou o material que considerou impróprio.
"O YouTube tem polícias claras que proíbem material inapropriado. Nossa comunidade (de usuários) compreende as regras e políticas do site para vídeos inadequados", disse um porta-voz do site.
"Quando os usuários acreditam que o conteúdo é impróprio, eles podem denunciar isso, e nossos funcionários vão analisar o mais rápido possível se (o material) viola nossos termos de uso", acrescentou.
"Se os usuários desrespeitam estas regras várias vezes, desativamos suas contas."
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