Uma agência bancária ainda tem hoje a mesma aparência de 30 anos atrás. O cliente, quando liga na central de atendimento ou se dirige a um terminal, não é identificado de imediato e precisa digitar diversas senhas para realizar cada operação. O uso do celular ainda engatinha.
Essas foram algumas das críticas que as instituições financeiras instaladas no Brasil receberam nesta quinta-feira, durante um congresso de tecnologia para o setor.
Os bancos, entretanto, avaliam que, depois do grande salto trazido pelos serviços de banco online, o que tem havido é uma consolidação de novos serviços a partir da web. Inovações como uso do celular para pagamento de contas e a identificação do usuário por recursos de biometria (como a leitura da palma da mão ou da íris) ainda dependem de padronização, afirmam.
O executivo Elio Boccia, que dirigiu a área de tecnologia do Unibanco e hoje ocupa a mesma função na Medial Saúde, foi um dos primeiros a criticar. "Uma agência bancária é hoje exatamente igual à de 30 anos atrás", afirmou.
Para ele, o que acontece é que "há uma zona de conforto" entre bancos e empresas de tecnologia porque os bancos continuam a crescer e gerar rentabilidades e os fornecedores de tecnologia, por consequência, continuam a conquistar negócios.
"As ameaças são poucas", disse ele, o que reduziria o estímulo para que os bancos mudem.
Terceirização
O presidente da HP para o Brasil, Mario Anseloni, afirmou que os bancos brasileiros já fizeram muitos avanços na infra-estrutura, nos sistemas de retaguarda. "A próxima onda deverá ser a personalização dos serviços em tempo real, para que o cliente possa ser atendido em qualquer lugar", disse.
Para isso, entretanto, ele considera que os bancos terão de lançar mão de terceirização de suas áreas de tecnologia. Mas a tarefa não é nada fácil. "A atual infra-estrutura dos bancos vai dificultar muito essa migração", argumentou.
Para Anseloni, os bancos ainda não exploraram as potencialidades da terceirização como outros setores. "(Eles) estão um pouco tímidos".
O executivo Renato Cuoco, ex-diretor de tecnologia do Banco Itaú, rebateu, entretanto, dizendo que "os fornecedores (de tecnologia) é que ficaram um pouco dormentes".
Segundo Cuoco, "é preciso ver se as soluções oferecidas trazem a confiabilidade, a qualidade e as condições econômicas desejadas".
Para Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, diretor de tecnologia da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), "depois da Internet, o que tem acontecido é uma consolidação de novos serviços a partir da web".
Mas ele ressaltou que os bancos estão constantemente avaliando inovações, como o uso do celular para pagamentos e da biometria para identificação dos clientes, mas esses são recursos que ainda dependem de padronização.
"O cliente já pode usar o celular para navegar no site do banco como faz no computador, mas a próxima etapa será realizar transações e pagar contas, o que depende de uma solução que possa ser usada em qualquer modelo de celular, de qualquer operadora e para clientes de qualquer banco", citou.
Fonseca acrescentou que os bancos trabalham na criação dos boletos virtuais para eliminar o uso de papel no pagamento de contas. O processo começa em junho do próximo ano e deve levar cerca de um ano para ser concluído. O cliente poderá optar pelo boleto em papel ou eletrônico.
Essas foram algumas das críticas que as instituições financeiras instaladas no Brasil receberam nesta quinta-feira, durante um congresso de tecnologia para o setor.
Os bancos, entretanto, avaliam que, depois do grande salto trazido pelos serviços de banco online, o que tem havido é uma consolidação de novos serviços a partir da web. Inovações como uso do celular para pagamento de contas e a identificação do usuário por recursos de biometria (como a leitura da palma da mão ou da íris) ainda dependem de padronização, afirmam.
O executivo Elio Boccia, que dirigiu a área de tecnologia do Unibanco e hoje ocupa a mesma função na Medial Saúde, foi um dos primeiros a criticar. "Uma agência bancária é hoje exatamente igual à de 30 anos atrás", afirmou.
Para ele, o que acontece é que "há uma zona de conforto" entre bancos e empresas de tecnologia porque os bancos continuam a crescer e gerar rentabilidades e os fornecedores de tecnologia, por consequência, continuam a conquistar negócios.
"As ameaças são poucas", disse ele, o que reduziria o estímulo para que os bancos mudem.
Terceirização
O presidente da HP para o Brasil, Mario Anseloni, afirmou que os bancos brasileiros já fizeram muitos avanços na infra-estrutura, nos sistemas de retaguarda. "A próxima onda deverá ser a personalização dos serviços em tempo real, para que o cliente possa ser atendido em qualquer lugar", disse.
Para isso, entretanto, ele considera que os bancos terão de lançar mão de terceirização de suas áreas de tecnologia. Mas a tarefa não é nada fácil. "A atual infra-estrutura dos bancos vai dificultar muito essa migração", argumentou.
Para Anseloni, os bancos ainda não exploraram as potencialidades da terceirização como outros setores. "(Eles) estão um pouco tímidos".
O executivo Renato Cuoco, ex-diretor de tecnologia do Banco Itaú, rebateu, entretanto, dizendo que "os fornecedores (de tecnologia) é que ficaram um pouco dormentes".
Segundo Cuoco, "é preciso ver se as soluções oferecidas trazem a confiabilidade, a qualidade e as condições econômicas desejadas".
Para Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, diretor de tecnologia da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), "depois da Internet, o que tem acontecido é uma consolidação de novos serviços a partir da web".
Mas ele ressaltou que os bancos estão constantemente avaliando inovações, como o uso do celular para pagamentos e da biometria para identificação dos clientes, mas esses são recursos que ainda dependem de padronização.
"O cliente já pode usar o celular para navegar no site do banco como faz no computador, mas a próxima etapa será realizar transações e pagar contas, o que depende de uma solução que possa ser usada em qualquer modelo de celular, de qualquer operadora e para clientes de qualquer banco", citou.
Fonseca acrescentou que os bancos trabalham na criação dos boletos virtuais para eliminar o uso de papel no pagamento de contas. O processo começa em junho do próximo ano e deve levar cerca de um ano para ser concluído. O cliente poderá optar pelo boleto em papel ou eletrônico.
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