Segundo as novas regras reveladas nesta sexta-feira, todas as prisões terão até o fim de setembro para se adaptar à medida, restringindo os jogos com esta classificação.
Os únicos prisioneiros com direito a continuar se divertindo com video games - desde que o jogo seja apropriado à idade do detento e não seja classificado para maiores de 18 anos - serão os que demonstrarem boa conduta ou risco de suicídio.
Outros privilégios incluem o direito a receber visitas extras, a usar as próprias roupas e a ter aparelho de televisão na cela.
Ainda assim, os usuários que tiverem acesso aos joguinhos terão de se responsabilizar pela compra dos equipamentos, já que a diretriz estipula que "nenhum recurso público" pode ser utilizado para a aquisição de games.
As novas diretrizes se aplicam apenas às prisões de adultos, e não às instituições de jovens infratores, que no ano passado gastaram mais de 10 mil libras esterlinas (mais de R$ 30 mil) em 80 estações de Playstation e 15 Xboxes.
"O acesso aos privilégios aumenta nossa capacidade de demonstrar aos prisioneiros que um comportamento apropriado e construtivo será reconhecido positivamente", disse um porta-voz do Serviço Britânico de Prisões.
O porta-voz da Prision Reform Trust - uma ONG que defende reformas do sistema prisional na Grã-Bretanha -, Geoff Dobson, disse que, por causa da superlotação, os presos britânicos estão "passando mais e mais tempo em suas celas fazendo nada".
"Não acho que há problemas em incorporar (o acesso aos games) em um programa de bom comportamento, mas não devemos esquecer a utilidade desses jogos para agentes penitenciários que precisam manter a ordem em prisões superlotadas."
"O importante é que o acesso a jogos de computador não substitui atividades como o trabalho ou aulas educativas, que estão sendo reduzidas porque o governo está fracassando em combater as razões por trás do aumento da população carcerária."
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