6.8.08

Game ajuda em tratamento médico, diz estudo

Estudo diz que videogames ajudam vítimas de câncer e outras doenças a manter o ânimo.

Jogar um videogame especialmente projetado pode ajudar pacientes adolescentes e jovens com câncer a seguir melhor os tratamentos prescritos, de acordo com um relatório publicado pela revista "Pediatrics".

"Os videogames direcionados podem ajudar a melhorar a vida dos jovens com câncer e, o mais importante, ajudar a melhorar sua adesão aos tratamentos", disse à Reuters a diretora científica do estudo, Pamela M. Kato, do University Medical Center Utrecht, na Holanda.

Seguir corretamente o tratamento é um problema grave nessa faixa etária, apontaram Kato e colegas no relatório.

Embora melhoras dramáticas nos índices de sobrevivência tenham sido registradas em pacientes pediátricos de câncer, o número de mortes entre adolescentes e jovens adultos não seguiu essa tendência. "Eles são um grupo um tanto difícil, que fica um pouco perdido no sistema", acrescentou Kato.

Para estudar se o uso de um videogame poderia ajudar, os pesquisadores designaram aleatoriamente 375 pacientes, homens e mulheres entre 13 e 29 anos em tratamento em hospitais dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, para jogar "Re-Mission" ou "Indiana Jones and the Emperor's Tomb".

No "Re-Mission" (http://www2.re-mission.net), desenvolvido pela HopeLab, uma empresa sem fins lucrativos sediada na Califórnia, os jogadores controlam um pequeno robô chamado Roxxi, que se movimenta em um ambiente tridimensional representando o interior do corpo de um jovem paciente com câncer.

Os jogadores podem usar o Roxxi para detonar células cancerosas e controlar os efeitos colaterais, e vencer o jogo requer que os remédios de quimioterapia e antibióticos sejam tomados corretamente, uso de técnicas de relaxamento, boa alimentação e outras formas de cuidado pessoal.

O acompanhamento eletrônico demonstrou que, no grupo do "Re-Mission", houve melhora de 16 por cento no uso dos antibióticos, com os pacientes usando 62,3 por cento do total de remédios prescritos, ante 52,5 por cento no grupo de controle.

A adesão à quimioterapia padrão também foi maior no grupo do "Re-Mission".

Reuters

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