17.10.08

DNA e banco de dados revelam sobrenomes

Foto de impressão digital do DNA. / Reuters

No futuro, a polícia poderá identificar o sobrenome de homens suspeitos ou vítimas de crimes analisando a impressão digital do DNA, afirmaram pesquisadores britânicos nesta quarta-feira (08/10).

Cientistas da Universidade de Leicester, onde o termo “impressão digital de DNA” foi inventado em 1984, conseguiram demonstrar que homens com o mesmo sobrenome tendem a ser geneticamente parecidos.

A descoberta pode ajudar tanto pesquisadores de genealogia quanto detetives usando amostras de DNA encontradas no sangue, em fios de cabelo, na saliva ou no sêmen.

A técnica é baseada no exame do DNA do cromossomo Y, que define o sexo masculino e, como os sobrenomes, é transmitido de pai para filho.

Os cientistas concluíram que a probabilidade de uma boa combinação genética depende da raridade do nome, portanto os sobrenomes menos comuns formam as conexões mais poderosas.

Um estudo com 2.500 homens mostrou que, em média, há 24% de chance de dois homens com o mesmo sobrenome terem um mesmo ancestral. Essa porcentagem aumenta para quase 50% nos casos de sobrenomes raros.

Cerca de 70% dos homens com os sobrenomes Attenborough e Swindlehurst compartilhavam tipos de cromossomo Y semelhantes ou idênticos.

“O fato de existir uma relação tão forte entre o sobrenome e o tipo do cromossomo Y oferece um enorme potencial para ser aplicado na ciência. Com o apoio de um amplo banco de dados com nomes e perfis de cromossomos Y, a descoberta de um sobrenome a partir da impressão digital do DNA é plausível", explicou Turi King, que apresentou a pesquisa durante uma palestra.

Reuters

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