Um em cada cinco dos best-sellers chineses hoje se origina do ciberespaço e a internet também expandiu imensamente os limites daquilo que se pode publicar.
"A internet significa, na prática, uma nova liberdade para o povo chinês e também para as editoras do país", disse Jing Bartz, diretor do German Book Information Centre em Pequim à Reuters, durante a Feira do Livro de Frankfurt. "O papel que ela desempenha é muito importante".
Ainda que seja difícil controlar o conteúdo na web, as autoridades chinesas reconheceram a necessidade de desenvolver o mercado editorial do país, sob pena de que ele caísse sob controle estrangeiro depois da adesão do país à Organização Mundial do Comércio (OMC), quase sete anos atrás, disseram Bartz e outros.
O valor dos livros vendidos na China no ano passado totalizou 51,3 milhões de yuan (US$ 7,5 milhões), um valor ínfimo ante os US$ 25 bilhões que o mercado editorial dos Estados Unidos movimenta, em parte devido aos baixos preços praticados sob uma economia de planejamento central.
Hu Dawei, vice-presidente do Shanghai Century Publishing Group, um dos maiores grupos editoriais da China continental, disse que o governo agora estava encorajando as editoras a explorar novas formas de propriedade, de forma a liberalizar o mercado.
A Shanghai Century, que controla mais de uma dúzia de editoras e uma vasta rede de distribuição no leste da China, está planejando abrir parte de seu capital em bolsa este ano.
Oficialmente, todas as editoras chinesas continuam sob controle do Estado, ainda que editoras privadas que se definem como "companhias de cultura" tenham conquistado quase metade do mercado de livros não didáticos. Eles descobrem muitos dos autores que publicam na Web.
"As editoras privadas estão aproveitando uma onda que, via internet, está engolfando a todos, especialmente a China", disse Juergen Boos, diretor da Feira do Livro de Frankfurt em discurso sobre o papel da China como convidada de honra na feira de 2009.
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