9.12.08

Cirurgião realiza cirurgia por SMS na África

David Nott, um cirurgião vascular britânico que trabalha como voluntário na RD Congo, tinha a espinhosa missão de salvar a vida de um jovem de 16 anos com aparelhos precários, apenas um litro de sangue e sem equipe. Mas tinha um celular.

Ele pediu informações via SMS para um colega inglês com quem havia trabalhado em diversas ocasiões. A resposta veio pouco tempo depois, com instruções precisas de como realizar uma amputação interescapulotorácica - operação que amputa braço, ombro e clavícula omoplata.

A cirurgia foi necessária para salvar a vida do adolescente, que teria mais dois ou três dias de vida, segundo o cirurgião. O paciente teria perdido o braço dele em combate, ou, como outra hipótese, devido ao ataque de um hipopótamo, que causou uma infecção grave e gangrena.

A decisão de deixar um jovem sem um braço em uma zona de guerra, a cidade de Rutshuru, foi pensada por David Nott, mas, para ele, era a única solução possível, fora a morte.

O doutor trabalha um mês por ano como voluntário na ONG Médicos Sem Fronteiras, que leva cuidados de saúde a vítimas de catástrofes, conflitos, epidemias e exclusão social. Atualmente, mais de 22 mil profissionais trabalham em mais de 70 países.

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