20.1.09

Entre para a Igreja do Google


Depois dos adoradores da Apple e do Linux, o mundo da tecnologia ganhou um novo grupo de religiosos fundamentalistas: os Googlemaníacos. Muito cuidado com o que diz. Eles estão de olho na web, doidos para defender sua empresa favorita de qualquer comentário mais crítico.

Antes que eu seja apedrejado – o que fatalmente irá acontecer nos comentários abaixo –, quero deixar claro que não tenho nada contra a Apple, as distribuições do Linux ou o Google. Também não vejo nada de errado em alguém ser fã de um ou de outro. Todos trouxeram (e ainda trazem) inovações incríveis. O problema ocorre quando uma simples preferência transforma-se em fanatismo cego.

Afinal, por trás das empresas, sistemas operacionais e serviços online estão pessoas, que infelizmente cometem uma tonelada de erros. Faz parte da natureza humana. E o jornalismo está aí para mostrar as imperfeições do mundo (real ou virtual). É aquela velha história: o cachorro abanando o rabo não é notícia, mas o rabo abanando o cachorro vale uma manchete. Se podemos pegar no pé dos políticos, por que não fiscalizar o Google?

Para os leitores mais aguerridos, vai aqui uma dica: rezem para o seu deus. Há alguns anos, um grupo de internautas muito bem-humorados criou uma nova religião, a Igreja do Google. No site The Church of Google, eles defendem que o buscador é aquilo que mais se aproxima de uma divindade e listam até provas disso. O Google é onisciente, onipresente, responde às suas preces (pesquisas) e sempre faz o bem (Don't be evil), por exemplo.

O pessoal da Desciclopédia até aproveitou parte do material e criou um artigo sobre a Igreja Googleísta. Nos momentos difíceis, recomendo a todos uma prece transcrita no site:

Google Nosso que estais na rede
Santificado seja o vosso site
Venha a nós a vossa sabedoria
Seja feita a vossa procura
Assim no Chrome como no Firefox
A sabedoria de cada dia nos dai hoje
Perdoai a nossa traição quando procuramos no Yahoo
Mas não nos deixe na mão
E nos livre da página não encontrada

Amém.

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