A comunidade “Pelo amor de Deus – não deixe seus parentes participar do Facebook” (For the love of god - don't let parents join Facebook), por exemplo, já chega aos 6.582 membros e não pára de crescer. Em julho de 2007, quando a comunidade foi criada, havia 97 membros. No fim do ano, o número chegava a 500.
O crescimento foi proporcional a liberação do conteúdo para todas as contas de email, que ocorreu em setembro de 2007. Antes disso, para fazer parte do Facebook, os estudantes tinham que passar um endereço eletrônico do colégio ou da faculdade. Com o anúncio do fim das restrições, as reclamações contra a ferramenta começaram a surgir timidamente, e foram crescendo conforme muitos pais adentraram no site.
Segundo relatos das comunidades da rede que são contra a participação dos pais, os adolescentes, em geral, sentem que suas privacidades são invadidas ao terem seus responsáveis como ‘amigos’ na rede.
“Não acho que os pais devam ser banidos porque eles têm os mesmo direito do acesso ao Facebook que nós. Seria um tipo de criancice não deixá-los contatar seus velhos amigos por medo de que eles espiem suas fotos ou algo revelador. Mas eu penso que todos os pais deveriam saber que se forem fazer parte do Facebook, não o use para espiar seus filhos ou desrespeitar sua liberdade”, diz Nick Emmerson, um adolescente inglês, de York, num dos fóruns.
No Orkut, o acesso sempre foi liberado a todas as faixas etárias mediante convite de e-mail. Hoje, qualquer um pode se cadastrar na rede social. É comum, no Brasil, que todos os membros da família tenham pelo menos um perfil.
A universitária Raquel Miranda, de 20 anos, usa o Orkut para se comunicar com sua mãe, tias e primos, que moram em outra cidade. “Por eu morar em outra cidade, é bom que eu mato a saudade deles vendo os álbuns, e mandando algumas mensagens, mas eu preferiria que eles não tivessem, pois invadem minha privacidade. Eu não posso colocar fotos minhas e tenho que apagar as mensagens, por exemplo.”
Para fugir deste radar familiar, a estudante apagou todas as fotos do Orkut e procurou saídas alternativas, como o Facebook, ainda não tão popular entre os internautas mais velhos do Brasil. “Criei perfis em outras redes sociais que eles ainda não conhecem. Mas acho que não falta muito para descobrirem. Prefiro matar a saudade por webcam ou por MSN”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário