O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cobrou do Japão a instalação de uma fábrica de semicondutores no país para atender à demanda de produtos da TV digital no país, que segue o modelo japonês.
“Confiamos que uma fábrica de semicondutores pode ser instalada no Brasil”, disse Amorim, falando em nome do presidente Lula.
Em novembro passado, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que um grupo formado por engenheiros das duas nações debate a instalação da indústria. O custo mínimo está estimado em US$ 500 milhões.
Já o vice-ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, Hitoshi Kimura, destacou em evento a ajuda dos 300 mil brasileiros que vivem no Japão na revitalização da economia de seu país.
Logo depois, Amorim disse que é bom ouvir que a comunidade brasileira “contará com as mesmas oportunidades de inserção social”.
O presidente da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Kokei Uehara, agradeceu o acolhimento dado à comunidade japonesa, que soma 1,5 milhão de pessoas.
“Graças a esse país tive os melhores professores da minha vida. Fico bravo quando alguém diz que o Brasil não tem professor de qualidade”, contou Uehara, que chegou ao país com nove anos de idade.
O ministro Amorim lembrou que o Japão já foi o segundo maior parceiro comercial do Brasil, mas perdeu posições por causa da estagnação de sua economia há alguns anos e da instabilidade e inflação alta no mercado brasileiro.
Porém, continuou, as duas nações já superaram esses problemas e podem retomar as negociações para impulsionar o comércio bilateral.
De acordo com informações divulgadas pela Presidência da República, os investimentos japoneses no Brasil passaram de US$ 648 milhões, em 2006, para US$ 800 milhões, no ano passado. A agência japonesa de promoção comercial prevê investimento da ordem de US$ 1 bilhão em 2008.
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012008/28012008-14.shl
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