17.6.08

Desafiante do formato MP3 enfrenta obstáculos na indústria

Por razões semelhantes ao teclado Dvorak, que propõe uma nova disposição das teclas para "facilitar" a digitação, os formatos alternativos de música digital continuam a enfrentar uma batalha árdua contra o estabelecido MP3.

O Motion Pictures Experts Group, conhecido como MPEG, se reunirá esta semana na Alemanha para considerar um novo formato digital de áudio chamado MT9, que poderia ser adotado como padrão internacional.

Desenvolvido pelo grupo sul-coreano Audizen, o formato MT9, conhecido comercialmente como Music 2.0, divide um arquivo de áudio em seis canais, como vocais, guitarras, e assim por diante. Os usuários que estiverem ouvindo a faixa poderão alterar o volume dos diferentes canais, como um produtor durante a mixagem, a ponto de poderem isolar cada item.


Obstáculos na indústria

De acordo com o jornal Korea Times, os inventores dizem que o novo formato substituirá o MP3 como padrão geral da música digital. Mas certas realidades do setor de música continuam a representar obstáculos ao novo padrão.

Da perspectiva técnica, substituir o MP3 por um novo padrão de música digital seria bastante fácil. Os comerciantes de arquivos digitalizados poderiam, em apenas alguns meses, atualizar todos os seus bancos de dados musicais sob o novo formato, da mesma forma como o Napster e a Wal-Mart rapidamente substituíram seus arquivos protegidos contra cópias (DRM) por formatos não protegidos.

Mas para fazê-lo eles teriam de convencer as gravadoras a lhes fornecer música codificada no novo formato, o que significaria que todas as grandes gravadoras e muitas das independentes precisariam, um dia, aceitar a adoção de uma nova tecnologia para vender sua música.

Os fabricantes de players de áudio, em especial a Apple, também teriam de começar a fazer produtos que aceitassem o novo formato. Um player de MP3 hoje dura, em média, de oito a 12 meses, de modo que substituir todos os aparelhos do mercado demoraria algum tempo.

Implementar um novo formato de música digital iria exigir uma cooperação sem precedentes entre gravadoras, varejo de conteúdo digital e fabricantes.

Reuters

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