Os representantes da Icann (Corporação para os Nomes e Números Atribuídos na Internet) irão decidir, na quinta-feira, sobre a ampliação dos chamados domínios de alto nível, como o '.com', ou '.br' (designação para sites no Brasil).
Se aprovada, a ampliação irá permitir a inclusão de novos domínios, ou seja, nomes de empresas, países, conceitos ou pessoas poderão se tornar - com a aprovação do órgão regulador - sufixos dos endereços na internet. Nesse contexto, por exemplo, a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, poderia, com a autorização da Icann, ter o domínio ".niteroi".
Atualmente, os domínios de alto nível são limitados a países, como .it, para a Itália, ou para estabelecimentos comerciais - .com - ou organizações diversas -.org, .net.
O novo plano a ser votado nesta semana irá definir ainda sobre inclusão de caracteres asiáticos e arábicos nos endereços.
A votação pode definir também o lançamento do domínio .xxx para sites pornográficos, depois de vários anos de discussão.
O porta-voz da entidade, Andrew Robertson, disse à BBC Brasil que a votação desta semana faz parte de um processo que a Icann vem discutindo há três anos para promover uma maior abertura nos endereços da internet.
Segundo ele, os reguladores devem decidir ainda o cronograma para o início dos pedidos de novos domínios.
Em entrevista à BBC News, o diretor da Icann, Paul Twomey, afirmou que as propostas poderiam resultar na principal mudança no modo de operação da internet em décadas.
"O impacto será diferente em diferentes partes do mundo, mas irá permitir que grupos, comunidades e empresas expressem suas identidades online", disse.
"Assim como os Estados Unidos no século 19, estamos no processo de abertura de um novo mercado imobiliário, uma nova terra, e as pessoas poderão sair e reivindicar pedaços dessa terra e usar pelas mais variadas razões", afirmou Twomey.
"É um crescimento enorme na geografia do mercado imobiliário da internet".
Segundo ele, centenas de novos domínios poderão ser criados até o final do ano e poderão ser milhares no futuro.
* Com informações de Darren Waters, da BBC News
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL610480-6174,00.html
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